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É veneno, sirva-se

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É veneno, sirva-se

A lista feita pela Anvisa é de frutos, raízes e folhas com toxidade porque não houve vigilância da Anvisa

Agradeça. A sua vida e as dos seus filhos e netos recebem, nesta semana, informações claras sobre o valor que têm, tanto para os poderosos daqui, como para os poderosos do mundo afora. E, gentileza extra, não escondem os seus critérios simples e imbatíveis.

Aqui, desde ontem, você e nós outros temos a graça de receber a informação -só possível em saudável regime democrático- de que cerca de um terço dos vegetais de nosso consumo recebe agrotóxicos acima do limite “inofensivo” ou proibidos de todo.

Há um modo mais singelo e prático de formular a informação: pagamos por alimentos e recebemos veneno. E o ingerimos. E o damos de comer a nossas famílias. E os apresentamos como delícias -morango (63% de agrotóxico), abacaxi (33%), alface (54%), mamão (30%), e tomate, pepino, arroz e feijão, couve, maçã, cenoura, e alimentos e venenos indistintos até chegar aos 92% no pimentão.

Outro conhecimento útil: você está no limiar da pior criminalidade. Envenenar aos poucos, à maneira amorosa das velhinhas de histórias policiais inglesas, também é crime. Até estes dias, sua inocência estava assegurada por desconhecer sua bondade venenosa. Agora você sabe o que compra e leva para casa, e dá à família a título de alimento e prazer.

A liberação democrática das informações sobre nossos nutrientes diários deve-se a um prestigiado setor do governo, chamado Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa para os íntimos.

Vigilância, como? A relação assustadora que a Anvisa organizou é de frutos, raízes e folhas com toxidade porque não houve vigilância da Anvisa. Nem sobre a venda e a compra dos agrotóxicos nem sobre seu uso.

Lá em Durban, imitação muito incompleta do Rio, na África do Sul, a conferência da Convenção do Clima já está na segunda semana. Os sinais que lhe seriam necessários para o acordo global estão em todos os continentes. À vista, sob diferentes formas, de todos os povos. Muitos destes recebendo, com os sinais, padecimentos multiplicados na duração, na intensidade e nas previsões. Mas nenhum povo ou país está isento de efeitos negativos já em curso.

Os mesmos poderosos que clamam por providências para a defesa da atmosfera e do clima, sobretudo pela redução das emissões de CO, fazem tudo para desentender-se. Ou para impedir o entendimento alheio, ainda que de pouca valia na necessidade do entendimento global. Esses poderosos são outra forma de tóxicos, com traços físicos apenas semelhantes aos humanos.

Aqui, o agrotóxico é usado com plena consciência, para apressar as safras, reduzir o trabalho contra infestações e dar ao produto aparências mais sedutoras (em troca das qualidades de sabor e nutrição). O envenenamento deliberado é sinônimo de maior lucro, portanto.

Em Durban, a permanência dos efeitos deletérios sobre o planeta e os seres vivos significa manter e aumentar o lucro (empresarial e nacional) proveniente da prática de danos ambientais. Todos em Durban, como nas conferências anteriores, deixam seus motivos em total evidência.

Embora por esses meios, estamos mais informados sobre o que valemos para os poderosos. Fique o agradecimento que me compete, pelas informações. PS: São Paulo não quis dar a conhecer, para o levantamento da Anvisa, os dados sobre uso e presença de agrotóxicos no Estado, maior e mais lucrativo produtor de hortifrútis do país.
 

Autor: Janio de Freitas
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, edição de 08.12.2011.

Eu temia

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Eu temia

EU TINHA MEDO DE FICAR SÓ

ATÉ QUE APRENDI A GOSTAR DE MIM MESMO.

TEMIA FRACASSAR…

… MAS PERCEBI QUE SÓ FRACASSO SE DESISTIR…
EU TINHA MEDO DO QUE AS PESSOAS PUDESSEM PENSAR DE MIM …

ATÉ QUE EU PERCEBI QUE O QUE CONTA REALMENTE É O QUE EU PENSO DE MIM MESMO, COM CONSCIÊNCIA, LUCIDEZ E HUMILDADE…
EU TEMIA SER REJEITADO…

…ATÉ QUE PERCEBI QUE DEVO TER FÉ EM MIM MESMO, QUE SOU MEU MAIOR COMPANHEIRO…
EU TINHA MEDO DA DOR…

…ATÉ QUE PERCEBI QUE O SOFRIMENTO SÓ ME AJUDA A CRESCER E AFASTA DE MIM A ARROGÂNCIA…
EU TEMIA A VERDADE …

ATÉ DESCOBRIR QUE A VERDADE É UM ESPELHO

QUEBRADO EM MIL PEDACINHOS.

NINGUÉM É DONO DA VERDADE,

POIS NÃO TEM MAIS DO QUE UM CACO DELA.
EU TEMIA AS PERDAS E A MORTE…

…ATÉ QUE APRENDI QUE AS PERDAS NÃO REPRESENTAM O FIM, MAS O INÍCIO DE UM NOVO CICLO…
TEMIA O ÓDIO…

… ATÉ QUE APRENDI QUE O ÓDIO É UM VENENO QUE A PESSOA TOMA PENSANDO ATINGIR O OUTRO.
EU TEMIA O RIDÍCULO…

…ATÉ QUE APRENDI A RIR DE MIM MESMO…
TEMIA FICAR VELHO…

…ATÉ QUE COMPREENDI QUE POSSO GANHAR SABEDORIA A CADA DIA…
TEMIA SER FERIDO NOS MEUS SENTIMENTOS…

ATÉ QUE APRENDI QUE NINGUÉM CONSEGUE ME FERIR SEM MINHA PERMISSÃO
TEMIA A ESCURIDÃO …

…ATÉ QUE ENTENDI A IMPORTÂNCIA DA LUZ DE UMA PEQUENA ESTRELA.
TEMIA MUDANÇAS …

ATÉ QUE PERCEBI AS MUDANÇAS PELAS QUAIS TEM QUE PASSAR UMA BELA BORBOLETA

ANTES DE PODER VOAR
EU AINDA TINHA MEDO DE FICAR SÓ

ATÉ QUE APRENDI QUE A ÚNICA PESSOA QUE ESTARÁ COMIGO EM TODOS OS MOMENTOS DA MINHA VIDA

SOU EU MESMO!!!
VAMOS ENFRENTAR CADA OBSTÁCULO À MEDIDA QUE APAREÇA EM NOSSAS VIDAS COM CORAGEM E CONFIANÇA…
…..E NÃO SE ESQUEÇA :

NUNCA DESISTA DE VOCÊ!!!

Autor: Celso Branício

Dedicação

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Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo.
Não conheço ninguém que tenha progredido na carreira sem trabalhar pelo menos doze horas por dia nos primeiros anos.
Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá de se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá de investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para conseguir um resultado diferente da maioria, você tem de ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente, ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar, enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende da dedicação.
Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica.
Mas toda mágica é ilusão.
A ilusão não tira ninguém do lugar onde está.
Ilusão é combustível de perdedores.

“Quem quer fazer alguma coisa encontra um meio.
Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa”.

Autor: Roberto Shinyashiki

O vidro e o espelho

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Vidro e Espelho
Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho porque toda sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu a sua ajuda.

O sábio o conduziu até uma janela e pediu para que olhasse para fora com atenção e perguntou:
– O que você vê através do vidro, meu rapaz?

– Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua, respondeu o moço.

Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
– O que você vê neste espelho?

– Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.

E o sábio continuou com suas lições preciosas:
– E já não vê os outros, não é verdade? observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa.

Fez uma pausa e continuou:
– Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.

Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar os outros. Eis a chave para a solução dos seus problemas.

Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta.
Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estar em nosso lugar.

E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com seus filhos em dificuldades, afinal, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.

E a caridade tem muitas maneiras de se apresentar:

Pode ser um sorriso gentil…
Uma palavra que anima e consola…
Um abraço de ternura…
Um aperto de mão…
Um pedaço de pão…
Um minuto de atenção…
Um gesto de carinho…
Uma frase de esperança…
E quem de nós pode dizer que não necessita ou nunca necessitará dessas pequenas coisas não é verdade? Portanto vamos aproveitar e doar um pouco do muito que temos: Amor, Alegria, Paz e e os nossos bons sentimentos.

A.D.

Escutatória

escutatoria

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma”.

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:
“Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma”.

Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos…
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.
(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, […]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.).

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.
Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado”.

Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou”.

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou”. E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

Autor: Rubem Alves