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Poesias

O dia mais belo?

O dia mais belo?
Hoje

A coisa mais fácil?
Errar

O maior obstáculo?
O medo

O maior erro?

O Abandono
A raiz de todos os males?
O egoísmo

A distração mais bela?

O trabalho

A pior derrota ?

O desânimo

Os melhores professores?

As crianças
A primeira necessidade?

Comunicar-se

O que mais lhe faz feliz?

Ser útil aos outros

O maior mistério?

A morte

O pior defeito?

O mau humor

A pessoa mais perigosa?

A mentirosa

O pior sentimento?

O rancor

O presente mais belo?

O perdão

O mais imprescindível?

O lar

A rota mais rápida?

O caminho certo
A sensação mais agradável?

A paz interior
A proteção efetiva?

O sorriso

O melhor remédio?

O otimismo
A força mais potente do mundo?

A Fé

As pessoas mais necessárias?
Os pais
A mais bela de todas as coisas?

O amor

A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A oração sem amor, te faz introvertido.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A fé sem amor te deixa fanático.
A cruz sem amor se converte em tortura.
A vida sem amor… não tem sentido………
Autor: Madre Tereza de Calcutá

Medo de perder

medo de perder

Você sabe por quê o mar é tão grande?
Tão imenso?
Tão poderoso?

É porque teve a humildade de colocar-se alguns centímetros abaixo de
todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande.
Se quisesse ser o primeiro; estaria alguns centímetros acima de todos
os rios, não seria mar, mas sim uma ilha.
Toda sua água iria para os outros e estaria isolado.

A perda faz parte.
A queda faz parte.
A morte faz parte.

É impossível vivermos satisfatoriamente.
Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.

Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber morrer.

Se aprenderes a perder, a cair, a errar,
ninguém mais o controlará.
Porque o máximo que poderá acontecer
a você é cair, errar e perder.
E isto você já sabe.

Bem aventurado aquele que já consegue
receber com a mesma naturalidade
o ganho e a perda…
o acerto e o erro…
o triunfo e a queda….
… a vida e a morte

Uma flor que diz tudo

uma flor

Quero lhe ofertar uma flor…
Pode ser uma rosa vermelha ou uma margarida, não importa.
O que importa é que
em cada pétala dessa flor,
irá um pouco de mim.
MEU CARINHO…
ele é todo seu, pegue-o.
Sinta em suas mãos um beijo morno,
para que ao apertá-las, elas se aconcheguem nas minhas,
sem se retraírem.
MINHA DEDICAÇÃO…
é a outra pétala.
MEUS PENSAMENTOS são teus,
em todas as horas do dia.
Se me chamar, jamais terá que esperar por mim.
Minha alma, sempre ao seu lado,
lhe responderá prontamente.
MINHA SAUDADE… preenche muitas das pétalas,
porque se multiplica à medida que as horas vão caminhando, enfileiradas,
sonolentas,
como se demorassem só para aumentar minha saudade.
E O MEU AMOR…
pétala mais sensível, no meio da flor,
também é seu.
Embora essas pétalas pareçam pequenas,
são as que contém mais perfume,
e onde as cores são mais intensas e brilhantes.
ASSIM É O MEU AMOR POR VOCÊ!!!!

 

Autor: ( Tere Penhabe )

Poesia de Miguel Torga

miguel torga

Aqui, diante de mim, eu, pecador, me confesso de ser assim como sou.

Me confesso o bom e o mau que vão ao leme da nau nesta deriva em que vou.

Me confesso possesso das virtudes teologais, que são três,
e dos pecados mortais, que são sete, quando a terra não repete que
são mais.

Me confesso o dono das minhas horas; o das facadas cegas e raivosas e o
das ternuras lúcidas e mansas; e de ser de qualquer modo andanças do
mesmo todo.

Me confesso de ser charco e luar de charco, à mistura; de ser a corda
do arco que atira setas acima e abaixo da minha altura.

Me confesso de ser tudo que possa nascer em mim; de ter raízes no
chão desta minha condição.

Me confesso de Abel e de Caim.

Me confesso de ser homem; de ser um anjo caído do tal céu que Deus
governa; de ser um monstro saído do buraco mais fundo da caverna.

Me confesso de ser eu.

Eu, tal e qual como vim para dizer que sou eu aqui, diante de mim!

Autor: Miguel Torga IN LIVRO DE HORAS,,,,

Tratado Manso de Loucura

tratado manso loucura

Como amo a paz de estar comigo!
Essa minha fusão de alma-umbigo,
esse roteiro quente do meu sangue.
Eu que conheço cada palmo dos meus passos,
que me componho e me descompasso,
que me retenho e me disponho.
Faço dos versos meu avesso,
dos adversos, meu passado,
das alegrias, meu recomeço.
Deito liquefeita e de repente
amanheço solidificada.
Sou água, sou pedra,
às vezes nuvem,
às vezes nada.
E por ser mutante e difusa,
enrolo e desenrolo essa vida
num movimento mágico e confuso.
Me certifico e me desacredito.
E admito ser ou não ser
e ser assim.
Mas como é bom sentir-me tão querida,
tão bem-amada e tão dividida,
eu revolvida inteiramente por mim.

Autor: Flora Figueiredo

Roda Vida

roda vida
Que idéia é essa,
que entorna o caldo,
derrama o mel,
quebra a vidraça,
que de repente passa
e me entorta a cabeça?

Que idéia é essa,
que chega descalça,
cabelos ao vento,
o peito desnudo,
que desacata tudo
e me vira às avessas?

Que idéia é essa?
Não importa.
Que chegue fazendo barulho,
afastando o entulho,
batendo panela.
Olhem pelas portas e janelas:
o cata-vento está de pernas para o ar.
São idéias novas que põem o mundo pra rodar.

 

Autor: Flora Figueiredo

Canção do rio do meio

cancao do rio

Um rio jorra entre o porão e o sótão
da nossa vida:
leva dores e amores, nosso último riso
há tanto tempo.
Mas numa curva qualquer, porque ainda respiramos,
tudo pulsa outra vez e brilha de ousadia
sabendo que temos pela frente
algum calor, e um rumor de águas na areia.

Passa no meio de nós, entre o sonho do sótão
e o medo dos porões, o rio da vida:
que me leve para diante ainda uma vez, e muitas,
que venha até mim com sua água turva
ou clara de esperança, toda a audácia e o fervor
que pareciam idos.

Autor: Lya Luft

Chuva

chuva

Chove

A chuva cai.
Os telhados estão molhados,
Os pingos escorrem pelas vidraças.
O céu está branco,
O tempo está novo,
A cidade lavada.
A tarde entardece,
Sem o ciciar das cigarras,
Sem o jubilar dos pássaros,
Sem o sol, sem o céu.
Chove.
A chuva chove molhada,
No teto dos guarda-chuvas.
Chove.
A chuva chove ligeira,
Nos nossos olhos e molha.
O vento venta ventado,
Nos vidros que se embalançam,
Nas plantas que se desdobram.
Chove nas praias desertas,
Chove no mar que está cinza,
Chove no asfalto negro,
Chove nos corações.
Chove em cada alma,
Em cada refúgio chove;
E quando me olhaste em mim,
Com olhos que me seguiam,
E enquanto a chuva caía
No meu coração chovia
A chuva do teu olhar.

 

Autor: Ana Cristina César

Amigo

amigo
Amigo:
quando estiver num momento ofendido,
faça sua queixa
ao meu ouvido,
que eu o acalento.
Se o fustiga o dissabor
de qualquer vento inquieto,
deixe que eu lhe seja o objeto
a anteparar o frio.
e se o vazio da tristeza lhe assaltar o peito,
traga-me a dor
que arranjo um jeito
de alisar-lhe a aspereza.
Mas, por favor, venha correndo
a cada vez que se pressentir
sofrendo,
para que eu possa amparar
sua inquietação.
Estendo-lhe também a mão
quando sentir que titubeia
no caminho,
pois tenho a fórmula encantada
de carinho,
que o porá de novo
em pé, na estrada.
Se, porventura,
tiver um momento de saudade
de uma imagem já gasta e esmaecia,
deixe que eu seja aquela amiga
escolhida,
pra lhe ouvir a estória.
mas se, ao contrário,
estiver vivendo um sabor de glória,
fique ao meu lado
para que eu possa aplaudir,
embevecida,
seu momento de ascensão.
Quero ser chamada em toda situação
para ser ouvinte,
para ser usada.
E em troca dessa devoção
até desbalançada e descabida,
não quero nada,
a não ser sua aura tão dourada
a me roçar a vida.

 

Flora Figueiredo – (Livro – Calçada de Verão)

Curiosidades estéticas

esteticas

O mais importante na vida
É ser-se criador
– criar beleza.

Para isso,
É necessário pressenti-la
Aonde os nossos olhos não a virem.

Eu creio que sonhar o impossível
É como que ouvir uma voz de alguma coisa
Que pede existência e que nos chama de longe.

Sim, o mais importante na vida
É ser-se criador.
E para o impossível
Só devemos caminhar de olhos fechados
Como a fé e como o amor.

 

Autor: António Botto

Fábula antiga

fabulas antigas

No princípio do mundo o Amor não era cego;
Via mesmo através da escuridão cerrada
Com pupilas de Lince em olhos de Morcego.

Mas um dia, brincando, a Demência, irritada,
Num ímpeto de fúria os seus olhos vazou;
Foi a Demência logo às feras condenada,

Mas Júpiter, sorrindo, a pena comutou.
A Demência ficou apenas obrigada
A acompanhar o Amor, visto que ela o cegou,

Como um pobre que leva um cego pela estrada.
Unidos desde então por invisíveis laços
Quando a Amor empreende a mais simples jornada,
Vai a Demência adiante a conduzir-lhe os passos

 

Autor: ANTÓNIO FEIJÓ (1859-1917)

Ponte

ponte

Ninguém pode construir em teu lugar
as pontes que precisarás passar,
para atravessar o rio da vida
– ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo,
atalhos sem números, e pontes,
e semideuses que se oferecerão
para levar-te além do rio;
mas isso te custaria a tua própria pessoa;
tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho
por onde só tu podes passar.
Onde leva?
Não pergunte, siga!!!

Autor: Friedrich W. Nietchze

Poesia

poesia

Noite ainda, quando ela me pedia
Entre dois beijos que me fosse embora,
Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:

Espera ao menos que desponte a aurora!
Tua alcova é cheirosa como um ninho…
E olha que escuridão há lá fora!

Como queres que eu vá, triste e sozinho,
Casando a treva e o frio de meu peito
Ao frio e à treva que há pelo caminho?!

Ouves? é o vento! é um temporal desfeito!
Não me arrojes à chuva e a tempestade!
Não me exiles do vale do teu leito!

Morrerei de aflição e de saudade…
Espera! até que o dia resplandeça,
Aquece-me com a tua mocidade!

Autor: Olavo Bilac

Ser feliz ou ter razão?

ter razao

Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para
jantar na casa de uns amigos.

O endereço é novo, assim como o caminho que ela conferiu no mapa antes de sair.

Ele dirige o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua,
à esquerda.

Ele tem a certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mau humorados, ela
deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe que estava errado.

Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado,
enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde.

Mas ele ainda quer saber:

– Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho
errado, deveria insistir um pouco mais.

E ela diz:

– Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de
uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite.

MORAL DA HISTÓRIA :

Esta pequena história foi contada por uma empresária durante uma
palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.

Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para
demonstrar que temos razão, independentemente de tê-la ou não.

Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência:
“Quero ser feliz ou ter razão?”

Pense nisso e seja feliz !!!

Sono das águas

sono das aguas

Há uma hora certa,
no meio da noite, uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d’água,
nos grotões fundos.
E quem fica acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir…

Águas claras, barrentas, sonolentas,
todas vão cochilar.
Dormem gotas, caudais, seivas das plantas,
fios brancos, torrentes.
O orvalho sonha
nas plantas da folhagem.
E dorme
até a água fervida,
nos copos de cabeceira dos agonizantes…

Mas nem todas dormem, nessa hora
de torpor líquido e inocente.
Muitos hão de estar vigiando,
e chorando, a noite toda,
porque a água dos olhos
nunca tem sono…

Autor: João Guimarães Rosa